25.9.06

está a custar...e muito!

Ainda não me habituei ao facto de estarmos afastados. Faz-me confusão, chegar a casa e não te mandar uma mensagem quando na realidade é o que mais me apetece fazer. Custa, não receber uma mensagem tua a dar as boas noites. Custa, ter de fazer de conta que tu pura e simplesmente “não existes”, resistir à tentação de comunicar contigo.

O meu quarto é o meu mundo. É aqui que penso, analiso, é aqui, que maioritariamente das vezes, escrevo o que tenho a escrever. É neste quarto que se encontram os vários bocados de mim e as peças que compõem o puzzle da minha vida. E tu, és uma peça fundamental e estás bem visível, mal abro a porta, bem no meio da parede.
Aqui, partilhei momentos fantásticos contigo. Aqui, apreciei o teu sorriso, a tua pessoa. Analisei-te e analisei-me. E neste mesmo sítio, chorei bastante e… por incrível que possa parecer, ainda choro. Choro a tua ausência, a distância, choro os meus erros. Ainda me sento no puff, a relembrar os momentos que passei contigo. No puff, sento-me a sonhar. E sabes qual é o meu sonho constante? Que um dia poderás voltar. E sentada, neste mesmo puff, fico bastantes minutos a olhar para ti e a admirar-te.
Aqui, neste lugar que representa o meu mundo e para o qual te abri as portas.

Fazes-me falta. Mas sabes o que me custa ainda mais que a tua falta? Ter de responder que já não estás aqui, quando me perguntam “Onde está a tua felicidade”. Quando me perguntam “O POETA?”.

Ao som de Mafalda Veiga – Cada Lugar Teu