1.9.06

Mais uma vez... Até já

Foste-te embora. É certo que daqui a uns dias, já vais estar de volta… mas são bastantes dias. Saber que não vou poder ver-te, cheirar-te, todos os dias, deixa-me triste. Mesmo muito triste.
Felizmente, tive a oportunidade de me despedir de ti “decentemente”. Horas inesquecíveis que vão ficar bem guardadas na caixinha das recordações. Tal como o teu cheiro, o teu sorriso, o teu sabor… Deixas-me sempre com um sabor demasiado amargo. Não na boca, esse é bem doce. Mas deixas-me sempre com a sensação de que falta sempre tanto para percorrer… Caminho na escuridão, em busca da luz. Tu iluminas-me, mas o caminho até ti, está bastante escuro. E a minha lanterna, por vezes perde as pilhas e é difícil encontrar pilhas que substituam. Mas sabes? Eu não desisto! Nem que tenha de experimentar todas as pilhas do mundo. Perder tempo a experimentar uma por uma, não me assusta. Para mim, não é tempo perdido mas sim, tempo investido.
Estou aqui, sentada no computador, a falar contigo (o que já não é nada mau) e só me apetece ir a correr para os teus braços. Mas não posso. Resta-me esperar pelos dias de folga ou que porventura apareças aí só para tomar um café. Mas sabes qual é o momento que mais anseio? O do regresso definitivo. É verdade… Acredita que sim. E depois, tal como contas-te comigo para saíres, podes contar comigo para voltar. Para reconstruir a tua vida, o teu espaço. Não hesites em pedir a minha ajuda. Sabes que o faço de bom agrado.
E no dia em que regressares, vamos encomendar pizzas… A bacana pode ser? Sem faltar o pastel de nata que é bem bom. Mas se preferires podemos sempre comer Sushi ou então, inovar e experimentar outras coisas, outras “alimentações”. Depois não podem faltar as pipocas! Sabias que estou viciada nas pipocas? Com sal e açúcar, hum, fantásticas. Acho que vou fazer uma pausa e vou mesmo fazer pipocas.

Acompanhada pelas pipocas (não me posso esquecer de pôr na lista do supermercado), recomeço a minha escrita.

Entretanto, já foste dormir. Era suposto eu ter ido pouco depois de ti, mas acabei por ir ficando, ficando até agora. Eu ainda tenho uns quantos dias para recuperar das noitadas, mas tu, invariavelmente, vais trabalhar. Hoje, tiveste muita sorte e o chefe ligou a dizer que não precisavas de ir trabalhar. FANTÁSTICO! Assim pudemo-nos despedir “decentemente”. Grande noite, a última noite. Diverti-me mesmo muito. Para além de estarmos todos muito animados, o tempo ajudou imenso. Grandes improvisos! Grandes beats. Grandes guitarradas e excelentes “jambezadas”. Pensando agora e relembrando a noite de ontem, agora tenho um sorriso na boca. Agora tenho a certeza que uma grande amizade nos une. Mesmo. E isso deixa-me feliz. Apesar de não estar no auge da felicidade, de ter muita sorte ao jogo, estou feliz. Sei que tenho um amigo para sempre e isso é fantástico.
E agora, vou dormir. Vou ser solidária contigo. Vou descansar porque hoje o dia foi longo e amanhã, ainda maior será…

Acabo este texto, com um beijinho, para o menino que me mantém erguida, O POETA.
Ao som de Pitty - Teto de Vidro