13.8.06

De partida...

Pois é. Férias é assim… Tem as suas partes boas e as suas partes menos boas.
Finalmente, arranjei uns dias para me divertir. Primeiro Sudoeste (que foi bastante agradável) e agora Sagres. O que se segue, não sei. Daqui a nada, tenho de começar a pensar em ir arranjar o meu mochilão, mas sinceramente, apetece-me tudo menos isso. A questão aqui é simples: sou uma rapariga demasiadamente preguiçosa. Costumo deixar tudo para o último instante e já me “lixei” bastante com isso. Só quero ir. Não quero ter o mínimo trabalho em preparações. Complicado isso… Não se pode ter tudo!
Ao mesmo tempo que estou no auge da vida, por deixar esta cidadezinha medíocre por mais uns dias, corre-me pelo corpo, uma certa tristeza. Mais uma vez, lá vou eu para a boa vida e o Poeta, fica. A trabalhar… Gostava mesmo que ele tivesse agora umas feriazinhas, adorava levá-lo comigo. Dava tudo para poder pegar nele e ir para qualquer lado. Mas infelizmente, sei que não o posso fazer. Pelo menos por agora. A vida é assim. Os timings não são conjugáveis. Ele não tem direito a férias e ponto final. Não há nada que eu, ou ele, ou qualquer outra pessoa possa fazer para alterar isso. Esta tristeza, poderia ser abafada se eu decidisse ficar por aqui. Estou a ser egoísta em deixá-lo cá, sozinho. Mas estaria a ser igualmente egoísta se não fosse. Preciso mesmo de me divertir, de ouvir um sonzinho bacano, de beber uns copos. Tenho a noção que mereço isto e muito mais. Há dois anos que não me dava a este luxo, já estava na altura. Entretanto, já vários convites foram recusados. Decisões tomadas, recheadas de consciência. Pensei, repensei e decidi negar as variadas propostas que fui recebendo. E não me arrependo minimamente.
Agora, só matarei as saudades, que já começam a fazer efeito, na quarta-feira. No mochilão, para além do indispensável, levo as recordações de dias fantásticos, noites alucinantes, passadas com o menino da poesia. Até lá, vou tentar divertir-me ao máximo, com os meus companheiros de viagem. 5 meninos/as, juntam-se e lá vão… Em busca de diversão, descontracção, em busca de esquecer por uns momentos, a loucura desta cidade, o tédio, a indecência… O Poeta merecia vir connosco. Seria bem mais divertido e aí sim, poderia atingir mais facilmente a perfeição. Mas nada é perfeito e O SISTEMA então… Nem vale a pena comentar.
Daqui a uns diazinhos, já estarei de volta, a relatar novas aventuras, novas loucuras, novas poesias, novas bandas sonoras… A relatar esta paixão que aumenta de dia para dia, alimentada pela doçura, simplicidade, simpatia e honestidade d’ O POETA.


Ao som de Jack Johnson – Better Together