10.8.06

atrufios às 3 da manhã...

Acabadinha de chegar a casa… Com o cansaço que ando, deveria ir direitinha para a cama. Mas em vez disso, decidi vir dar uma espreitadela no computador, ver as novidades, teclar um bocado com o pessoal e vaguear os meus dedos pelo teclado negro. Desgastado. De tanto o usar. Dias e dias, semanas e semanas, a escrever.
O telefone toca! Fantástico… Gosto de falar ao telefone. Saber as novidades, saber que alguém se lembrou de mim, que sente a minha falta, que tem saudades minhas. Faço uma pausa de meia-hora na minha escrita. Bateria fraca. Acabou. Recomeço a escrita.
Começo a pensar em ti. O teu rosto começa a desenhar-se à minha frente. Pormenorizadamente. Relembro cada traço, cada sinal, cada característica. Era capaz de ficar horas a descrever a tua cara. O teu sorriso. Os teus olhos, as tuas expressões. Como já ouvimos dizer algumas vezes, “babo”… Começo a pensar no que estarás tu a fazer. Deixaste-me à porta de casa e foste-te embora. Custa-me que te vás embora. Já não estou habituada a ter de me despedir de ti. Tão perto e tão longe. Vou à varanda fumar um cigarro, na esperança que apareças. Pura ilusão. Porque é que haverias de aparecer… Acabámos de estar juntos! Tu estás bastante cansado, amanhã trabalhas. Eu é que não. Encontro-me na boa vida de não fazer rigorosamente nada de jeito! Praia, copos, dormir, festivais… Cafés, amigas, amigos, telefonemas, net… TU! Basicamente é esta a minha composição diária. Estou de férias!!! Estou de férias!!! Finalmente… Hoje era suposto irmos à praia. Para além de termos acordado tarde e a más horas, tivemos coisas para resolver. Estamos esclarecidos? Espero que sim.
Apetecia-me ficar aqui a escrever, noite dentro. Porém, vou ter de desistir. Amanhã é um novo dia e eu já estou bastante cansada. As palavras até flúem na minha cabeça, mas a conjugação delas, não está a ser melhor. Consegues aperceber-te disso! Eu sei. Já me conheces bem. Conheces a minha escrita.
Vou dormir e olhar para a minha secretária. Lateral. Onde se encontra, O POETA.


Ao som de Paco Bandeira – Um livro chamado Inês