25.9.06

indecisões

Acabei de chegar a casa, vesti o pijama e fui fumar à varanda um cigarro. Antes, tinha estado a pensar que estive algum tempo seguido sem pensar no Poeta (acabou no exacto momento em que pensei isto!) e decidi ir fumar um cigarro, para ir dormir… Ando bastante cansada, o ritmo é alucinante e eu ainda não estou totalmente adaptada. Mas posso afirmar com toda a certeza que GOSTO DA MINHA NOVA VIDA. Tenho alguns professores, que são um tanto ou quanto arrogantes, talvez um bocado exagerado, mas qual é o espanto, até antes, apanhei Professores arrogantes. A arte está em saber dar a volta por cima e em vez de criticar e andar sempre a afirmá-lo e a comentar pelos corredores esse mesmo facto, agir como se ele não o fosse de todo. Manter aquela distância exigida, fazer os trabalhos, apresentar ÓPTIMOS trabalhos e fazer por quer ele queira, quer não, ter um notão. Por isso, esse problema, com algum esforço, estará resolvido. Por enquanto estou mesmo bastante empenhada. E farei por continuar a estar.
No exacto momento em que fui à varanda, passou na rua, um casal de namorados. Abraçados. E por segundos, passou-me pela cabeça que era o Poeta. O meu coração explodiu. Eu não queria acreditar. Mal eu cheguei à varanda, olhei para baixo e o dito rapaz olhou nesse preciso momento para cima. Foi nesse cruzar de olhares que me passou isso pela cabeça. Mas pronto, passou e de facto, não era o Poeta. Foram uns segundos horríveis, confesso. E então, decidi vir escrever, directamente, o pós esse mesmo sentimento, sem pensar no que se tinha passado em mim E sabem? Vai-me custar muito, no dia em que esta situação (ou alguma do estilo) se passar na vida real. VAI! Não me vou armar me forte, não vou dizer que me vai ser indiferente porque não o vai ser de certeza. Contudo, por outro lado, começo a mentalizar-me que isso vai acontecer e que acabou, acabou, foi óptimo enquanto durou, não me arrependo de nada, gosto muitíssimo dele, mas não dava e ponto final. Andar a sofrer por causa de uma desilusão ou seja lá o que for que estou a sentir? Deixar que esse sentimento domine por completo a minha vida? Não em parece que seja uma atitude muito sensata… E agora querem-se rir ou ficar baralhados?!? No preciso momento em que estou a escrever isto, sei que neste momento é assim, mas quando o voltar a ver, vai voltar a ser assim, vou ficar doidinha, vou andar a bater mal da cabeça e depois vou-me fartar, reagir e ter uma atitude, até o voltar a ver claro está… E este meu sentimento, está inserido num circuito fechado. É como aquela bela frase “Vira o disco e toca o mesmo”…

Gostava de conseguir quebrar o circuito, achar uma saída alternativa. Ou uma saída de emergência. Preciso de algo, que me faça reagir, decidir se sofro ou não sofro. Tomar uma posição e não andar sempre na mesma história…. Já me disseram isso (obrigada, para a próxima vamos às máquinas de 1 cêntimo e parecemos ricos), eu concordei e sei que é verdade. Infelizmente eu sou assim e ainda não consegui alterar essa falha em mim… A sério que gostava.
E irrita-me ter de o afirmar, sabendo que é a mais pura das verdades, mas sei que não consigo. Gosto demasiado d’ O POETA.

Ao som de Charlie Brown Jr. – História mal contada