29.8.06

sem muito a acrescentar


Por vezes, até eu consigo esconder os meus sentimentos. Principalmente, quando estou na presença d' O POETA.

Ao som de Pluto - Convite

sem palavras

Desde os últimos mais recentes acontecimentos, acabei agora de estar contigo.
E a única coisa que consigo escrever é


"... tanto quanto noutro dia qualquer"


Amo-te POETA.

Ao som de Pedro Abrunhosa - Será

O ORGULHO NÃO MORA AQUI

Sentada no sofá da minha sala, fumo um cigarro para me descomprimir. Pela minha cabeça vagueiam os pensamentos mais repugnantes que tive nos últimos tempos. Estava a ler um livro (Será Que As Mulheres Ainda Acreditam Em Príncipes Encantados?, do Rodrigo Moita de Deus) e inevitavelmente a minha cabeça concentrou-se num só pensamento, numa só pessoa, no Poeta. Mandei-lhe uma mensagem com uma frase que fez todo o sentido "Ela (mulher) chama a atenção dos outros homens só para chamar a sua" (página 113). Verdade mais verdadeira não poderia haver... Foi exactamente isto que se passou este fim-de-semana. E até teve os seus resultados. Não foram os melhores mas há que ter em conta que a minha atitude não foi totalmente consciente. Nunca foi minha intenção magoá-lo da maneira que magoei até porque muito sinceramente, pensava que já lhe era indiferente. Pelos vistos não. Não consigo no entanto, dizer se fiquei feliz ou triste. Acho que fiquei feliz e triste.
Numa outra situação, teria achado normal. A minha Mãe achou normalíssimo, tendo em conta que ela é bastante conservadora, se calhar até é mesmo normal. Se calhar, ouvi e li coisas que não devia ter lido e ouvido. Mas honestamente, não me interessa. O Poeta ficou bastante magoado comigo e essa é a única coisa que realmente me interessa.
Neste momento, concentro-me apenas numa coisa que é a possibilidade de ele estar neste exacto momento com outra miúda. É o mais provável e isso, está a deixar-me fula. Apetece-me estalar os dedos e estar imediatamente na presença dele, a ver o que estará ele a fazer. Mas é impossível e só me resta ficar aqui, sentada no sofá da minha sala, a 200 Km do Poeta, acender um cigarro e tentar abstrair-me dessa possibilidade. Esperar que ele comunique comigo.
A mensagem que lhe mandei, está pendente. E a esta hora, a probabilidade de este estar ainda a trabalhar é quase nula. Prefiro pensar que é exactamente isso que está a acontecer, tendo a noção que só me estou a enganar a mim própria.
O que eu devia mesmo fazer era desistir dele. Devia dar mais ênfase ao meu orgulho e seguir a minha vida, como se nada se tivesse passado. Se ele ficou magoado, azar, não me tivesse mandado dar uma volta. Devia adoptar esta postura porém, não consigo. Ainda não me saiu da cabeça, do coração, que é ele o escolhido. E assim, acendo mais um cigarro, à espera d' O POETA.
BENDITO SG VENTIL!
Ao som de Sarah Brightman - Time to say goodbye

Verdades Sinceras

Nunca duvides que te amo. Peço-te que não tenhas a ousadia de pensar que te menti.
A minha maneira de amar, pode não corresponder à tua. Para ti, o meu sentimento pode não ser amor. Para mim, é, sem dúvida alguma. No meu amor, não há espaço para a perca da liberdade. Por mais que o meu sentimento seja bastante forte, não consigo abdicar das pessoas de quem gosto, dos meus hábitos, dos meus luxos. E não consigo porque muito sinceramente não o quero. Se para ti, esta minha atitude prova que não te amo e que nunca amei, para mim, é exactamente o contrário. Até porque sempre esperei que fizesses o mesmo. Nunca aceitaria que mudasses na totalidade. No dia em que isso acontecesse, deixarias de ser O POETA, o rapaz pelo qual me apaixonei e ao qual me entreguei.
Um dia destes, vais conhecer-me verdadeiramente. E então, sentado na plateia, vais assistir a um qualquer futuro envolvimento. Acredito que nesse dia, me consigas perceber e consigas interiorizar que o meu sentimento por ti é verdadeiro, puro e principalmente, sincero. E infelizmente, o mais provável é que te venhas a arrepender das palavras que me disses-te e dos pensamentos que tiveste. Mas não te preocupes que eu não estou chateada contigo. Estou triste e magoada. Cheguei mesmo a pensar que me conhecias minimamente, mas parece que mais uma vez me enganei.
Apesar de tudo, sou incapaz de condenar o dono deste lugar, O POETA.
Ao som de Trovante - Perdidamente

Até um dia destes

O Poeta foi-se embora. Desistiu de mim, com as primeiras dificuldades. Foi incapaz de esperar por mim. Não me quiz dar a oportunidade de o fazer feliz.
Dói-me o coração. Dói-me tudo. Não esperava que isto acontecesse. Não estava minimamente preparada para uma separação assim.
Sentada, na minha sala. Janela aberta, luz acesa. Corpo seminu, choro compulsivamente. O mundo observa-me silencioso. Não há nada que me possam dizer. Nada consegue neste momento deter as minhas lágrimas. O sonho do príncipe encantado, acabou. De um momento para o outro. Eu tinha-o encontrado, eu sabia-o. E ele escapou-me com a mesma rapidez com que me encontrou.
Deixei a porta aberta demasiado tempo e agora sei que ele se esqueceu do caminho de volta. Esqueceu-se e não se quer lembrar.
Olho para mim, para o meu reflexo na janela. É certo que não sou uma top model, mas tenho a minha beleza, o meu encanto. Sei que algures, eu tenho isso e até talvez mais. Não sei bem onde. Não gosto do que vejo e rapidamente desvio o olhar.
No fundo, bem lá no fundo, ainda tenho a esperança que ele volte. Quero mesmo. Porque não terei eu essa hipótese? Se tantas e tantas pessoas a têm? Mesmo quando cometem os piores erros. É possível que eu tenha errado. Contudo, naquilo que ele afirma que eu falhei, tenho noção que não estava nas minhas mãos ser de outra maneira. Estava a lutar contra isso, a sério que estava. E eu acredito que ele venha a dar conta disso. Talvez um dia, ele se queira lembrar do caminho de volta, para o lugar d' O POETA.
Ao som de Luka - Porta Aberta

19.8.06

espera por mim

Quis dispor das minhas palavras e dizer-te que isto, é mais forte que aquilo que denominam de “paixão”. Chamei-lhe “amor”. Será que é mesmo amor? Desespero quando não te tenho ao meu lado. Nem sempre te posso ter a meu lado. Nem sempre podes estar ao meu lado. Eu quero estar sempre ao teu lado. Comprava a tua companhia. Qual é mesmo o preço dela? Olha-me nos olhos se tens coragem. Diz-me. Quanto custa?
Posso partilhar dessa tua alegria? Não me quero intrometer. Não quero invadir nada nem ninguém. Quero apenas quebrar esta solidão. Estamos afastados. Ela começa a ganhar forças e eu começo a perdê-las. Quero lutar. Sinto-me fraca. Não sei se consigo… Desculpa… Eu sei que consigo. Dás-me tempo? Esperas por mim? Pode ser no fundo da rua. Eu vou lá ter contigo. Prometo que sim. É capaz de demorar algum tempo. Estás disposto a esperar? Diz-me que sim. Por favor, diz-me que sim!
Por vezes, sinto-me desamparada. O meu entusiasmo, a minha confiança, ultrapassa-te. Eu sei que te mereço e que tu, me mereces. Sei que as nossas vidas tinham de se cruzar inevitavelmente. Provavelmente não foi a altura certa para que esse cruzar acontecesse. Ou se calhar estou a ser testada. Mais uma vez. A vida tem-se revelado num teste. Ou melhor, em vários. Um após outro, eu vou resolvendo. Até agora, tenho-me safado. Certamente que nem sempre foi sozinha. Usei algumas vezes cábulas ou “auxiliadores de memória” – como preferires – e noutras tantas, ouvi o sussurro dos amigos. Que mal tem? Não consigo perceber… A sério que não. Gostava de conseguir compreender. A sério que sim. Tens paciência para mim?
Quando alguém toca um instrumento, demora tempo a habituar-se a ele. Passa dias e noites, agarrado a ele, a descobrir o que de bom ele pode trazer. Pega em mim, como se eu fosse esse mesmo instrumento. Passa horas comigo. Tenta encontrar em mim, aquilo que encontras na tua guitarra. A harmonia. Adormece-me com festas na cabeça. Acorda-me com um beijo. Mãos pelo corpo e um sorriso. Luta por mim, como eu luto por ti. Mostra-me quem és. Dá-me a conhecer, a essência d’O POETA.

Ao som de Tony Braxton – Spanish Guitar

13.8.06

De partida...

Pois é. Férias é assim… Tem as suas partes boas e as suas partes menos boas.
Finalmente, arranjei uns dias para me divertir. Primeiro Sudoeste (que foi bastante agradável) e agora Sagres. O que se segue, não sei. Daqui a nada, tenho de começar a pensar em ir arranjar o meu mochilão, mas sinceramente, apetece-me tudo menos isso. A questão aqui é simples: sou uma rapariga demasiadamente preguiçosa. Costumo deixar tudo para o último instante e já me “lixei” bastante com isso. Só quero ir. Não quero ter o mínimo trabalho em preparações. Complicado isso… Não se pode ter tudo!
Ao mesmo tempo que estou no auge da vida, por deixar esta cidadezinha medíocre por mais uns dias, corre-me pelo corpo, uma certa tristeza. Mais uma vez, lá vou eu para a boa vida e o Poeta, fica. A trabalhar… Gostava mesmo que ele tivesse agora umas feriazinhas, adorava levá-lo comigo. Dava tudo para poder pegar nele e ir para qualquer lado. Mas infelizmente, sei que não o posso fazer. Pelo menos por agora. A vida é assim. Os timings não são conjugáveis. Ele não tem direito a férias e ponto final. Não há nada que eu, ou ele, ou qualquer outra pessoa possa fazer para alterar isso. Esta tristeza, poderia ser abafada se eu decidisse ficar por aqui. Estou a ser egoísta em deixá-lo cá, sozinho. Mas estaria a ser igualmente egoísta se não fosse. Preciso mesmo de me divertir, de ouvir um sonzinho bacano, de beber uns copos. Tenho a noção que mereço isto e muito mais. Há dois anos que não me dava a este luxo, já estava na altura. Entretanto, já vários convites foram recusados. Decisões tomadas, recheadas de consciência. Pensei, repensei e decidi negar as variadas propostas que fui recebendo. E não me arrependo minimamente.
Agora, só matarei as saudades, que já começam a fazer efeito, na quarta-feira. No mochilão, para além do indispensável, levo as recordações de dias fantásticos, noites alucinantes, passadas com o menino da poesia. Até lá, vou tentar divertir-me ao máximo, com os meus companheiros de viagem. 5 meninos/as, juntam-se e lá vão… Em busca de diversão, descontracção, em busca de esquecer por uns momentos, a loucura desta cidade, o tédio, a indecência… O Poeta merecia vir connosco. Seria bem mais divertido e aí sim, poderia atingir mais facilmente a perfeição. Mas nada é perfeito e O SISTEMA então… Nem vale a pena comentar.
Daqui a uns diazinhos, já estarei de volta, a relatar novas aventuras, novas loucuras, novas poesias, novas bandas sonoras… A relatar esta paixão que aumenta de dia para dia, alimentada pela doçura, simplicidade, simpatia e honestidade d’ O POETA.


Ao som de Jack Johnson – Better Together

10.8.06

atrufios às 3 da manhã...

Acabadinha de chegar a casa… Com o cansaço que ando, deveria ir direitinha para a cama. Mas em vez disso, decidi vir dar uma espreitadela no computador, ver as novidades, teclar um bocado com o pessoal e vaguear os meus dedos pelo teclado negro. Desgastado. De tanto o usar. Dias e dias, semanas e semanas, a escrever.
O telefone toca! Fantástico… Gosto de falar ao telefone. Saber as novidades, saber que alguém se lembrou de mim, que sente a minha falta, que tem saudades minhas. Faço uma pausa de meia-hora na minha escrita. Bateria fraca. Acabou. Recomeço a escrita.
Começo a pensar em ti. O teu rosto começa a desenhar-se à minha frente. Pormenorizadamente. Relembro cada traço, cada sinal, cada característica. Era capaz de ficar horas a descrever a tua cara. O teu sorriso. Os teus olhos, as tuas expressões. Como já ouvimos dizer algumas vezes, “babo”… Começo a pensar no que estarás tu a fazer. Deixaste-me à porta de casa e foste-te embora. Custa-me que te vás embora. Já não estou habituada a ter de me despedir de ti. Tão perto e tão longe. Vou à varanda fumar um cigarro, na esperança que apareças. Pura ilusão. Porque é que haverias de aparecer… Acabámos de estar juntos! Tu estás bastante cansado, amanhã trabalhas. Eu é que não. Encontro-me na boa vida de não fazer rigorosamente nada de jeito! Praia, copos, dormir, festivais… Cafés, amigas, amigos, telefonemas, net… TU! Basicamente é esta a minha composição diária. Estou de férias!!! Estou de férias!!! Finalmente… Hoje era suposto irmos à praia. Para além de termos acordado tarde e a más horas, tivemos coisas para resolver. Estamos esclarecidos? Espero que sim.
Apetecia-me ficar aqui a escrever, noite dentro. Porém, vou ter de desistir. Amanhã é um novo dia e eu já estou bastante cansada. As palavras até flúem na minha cabeça, mas a conjugação delas, não está a ser melhor. Consegues aperceber-te disso! Eu sei. Já me conheces bem. Conheces a minha escrita.
Vou dormir e olhar para a minha secretária. Lateral. Onde se encontra, O POETA.


Ao som de Paco Bandeira – Um livro chamado Inês