28.9.06

20 anos

É verdade... Hoje faço anos... Faço 20 anos!!!
E não poderia deixar passar esta data em branco, aqui, no lugar d'O POETA.


Ao som de "amiguinhos" - Parabéns a Você

25.9.06

indecisões

Acabei de chegar a casa, vesti o pijama e fui fumar à varanda um cigarro. Antes, tinha estado a pensar que estive algum tempo seguido sem pensar no Poeta (acabou no exacto momento em que pensei isto!) e decidi ir fumar um cigarro, para ir dormir… Ando bastante cansada, o ritmo é alucinante e eu ainda não estou totalmente adaptada. Mas posso afirmar com toda a certeza que GOSTO DA MINHA NOVA VIDA. Tenho alguns professores, que são um tanto ou quanto arrogantes, talvez um bocado exagerado, mas qual é o espanto, até antes, apanhei Professores arrogantes. A arte está em saber dar a volta por cima e em vez de criticar e andar sempre a afirmá-lo e a comentar pelos corredores esse mesmo facto, agir como se ele não o fosse de todo. Manter aquela distância exigida, fazer os trabalhos, apresentar ÓPTIMOS trabalhos e fazer por quer ele queira, quer não, ter um notão. Por isso, esse problema, com algum esforço, estará resolvido. Por enquanto estou mesmo bastante empenhada. E farei por continuar a estar.
No exacto momento em que fui à varanda, passou na rua, um casal de namorados. Abraçados. E por segundos, passou-me pela cabeça que era o Poeta. O meu coração explodiu. Eu não queria acreditar. Mal eu cheguei à varanda, olhei para baixo e o dito rapaz olhou nesse preciso momento para cima. Foi nesse cruzar de olhares que me passou isso pela cabeça. Mas pronto, passou e de facto, não era o Poeta. Foram uns segundos horríveis, confesso. E então, decidi vir escrever, directamente, o pós esse mesmo sentimento, sem pensar no que se tinha passado em mim E sabem? Vai-me custar muito, no dia em que esta situação (ou alguma do estilo) se passar na vida real. VAI! Não me vou armar me forte, não vou dizer que me vai ser indiferente porque não o vai ser de certeza. Contudo, por outro lado, começo a mentalizar-me que isso vai acontecer e que acabou, acabou, foi óptimo enquanto durou, não me arrependo de nada, gosto muitíssimo dele, mas não dava e ponto final. Andar a sofrer por causa de uma desilusão ou seja lá o que for que estou a sentir? Deixar que esse sentimento domine por completo a minha vida? Não em parece que seja uma atitude muito sensata… E agora querem-se rir ou ficar baralhados?!? No preciso momento em que estou a escrever isto, sei que neste momento é assim, mas quando o voltar a ver, vai voltar a ser assim, vou ficar doidinha, vou andar a bater mal da cabeça e depois vou-me fartar, reagir e ter uma atitude, até o voltar a ver claro está… E este meu sentimento, está inserido num circuito fechado. É como aquela bela frase “Vira o disco e toca o mesmo”…

Gostava de conseguir quebrar o circuito, achar uma saída alternativa. Ou uma saída de emergência. Preciso de algo, que me faça reagir, decidir se sofro ou não sofro. Tomar uma posição e não andar sempre na mesma história…. Já me disseram isso (obrigada, para a próxima vamos às máquinas de 1 cêntimo e parecemos ricos), eu concordei e sei que é verdade. Infelizmente eu sou assim e ainda não consegui alterar essa falha em mim… A sério que gostava.
E irrita-me ter de o afirmar, sabendo que é a mais pura das verdades, mas sei que não consigo. Gosto demasiado d’ O POETA.

Ao som de Charlie Brown Jr. – História mal contada

está a custar...e muito!

Ainda não me habituei ao facto de estarmos afastados. Faz-me confusão, chegar a casa e não te mandar uma mensagem quando na realidade é o que mais me apetece fazer. Custa, não receber uma mensagem tua a dar as boas noites. Custa, ter de fazer de conta que tu pura e simplesmente “não existes”, resistir à tentação de comunicar contigo.

O meu quarto é o meu mundo. É aqui que penso, analiso, é aqui, que maioritariamente das vezes, escrevo o que tenho a escrever. É neste quarto que se encontram os vários bocados de mim e as peças que compõem o puzzle da minha vida. E tu, és uma peça fundamental e estás bem visível, mal abro a porta, bem no meio da parede.
Aqui, partilhei momentos fantásticos contigo. Aqui, apreciei o teu sorriso, a tua pessoa. Analisei-te e analisei-me. E neste mesmo sítio, chorei bastante e… por incrível que possa parecer, ainda choro. Choro a tua ausência, a distância, choro os meus erros. Ainda me sento no puff, a relembrar os momentos que passei contigo. No puff, sento-me a sonhar. E sabes qual é o meu sonho constante? Que um dia poderás voltar. E sentada, neste mesmo puff, fico bastantes minutos a olhar para ti e a admirar-te.
Aqui, neste lugar que representa o meu mundo e para o qual te abri as portas.

Fazes-me falta. Mas sabes o que me custa ainda mais que a tua falta? Ter de responder que já não estás aqui, quando me perguntam “Onde está a tua felicidade”. Quando me perguntam “O POETA?”.

Ao som de Mafalda Veiga – Cada Lugar Teu

19.9.06

desarmada


Os meus sentimentos são reais... Não os vou temer mais nem vou temer, a presença de quem os provoca em mim. No dia em que o reencontro se der (se algum dia se vier a dar), levarei comigo apenas os meus sentimentos e a minha sinceridade. Sem jogos, sem truques, sem esquemas.
E assim me apresentarei, desarmada, à frente d' O POETA.

Ao som de Bryan Adams - Please Forgive Me

18.9.06

Night and Day

Hoje é domingo… invariavelmente, lá estás tu, no teu lugar de eleição – Night and Day. Como odeio esse nome, como odeio esse sítio, como odeio as pessoas que lá trabalham, como odeio as pessoas que para lá te levam… Como odeio esse mundo que tanto te fascina. Não gosto mesmo. Mete-me nojo! Estás a seguir o caminho da perdição e não te consegues controlar. Até porque, nem consegues ter noção do que realmente te rodeia.
Se o meu mundo, não é o teu mundo, acredita que esse também não é o teu. Pelo menos por enquanto. Não estás preparado nem tens condições para entrar nesse meio. Quer queiras quer não, não passas de um mero rapazinho, fascinado com as “maravilhas” desse local, que de maravilhosas só têm mesmo a aparência. Acredita no que te digo, acredita no que o teu chefe te diz. É um mundo perigoso. E tu, com esse teu fascínio todo, deixas para trás tudo o que realmente te devia fascinar, todas as pessoas que se preocupam contigo e que lutam por ti e principalmente, que lutam contigo. E queres que eu assista a isso tudo de braços cruzados? Queres que eu te oiça a contar o teu caminho, passo a passo, para a “desgraça”? Não me peças isso, não exijas isso de mim. Se não te respeitas a ti, respeita-me a mim. Pelo menos isso. Sim, sempre disse que estaria a teu lado, que te ouviria, que não te iria virar as costas em momento algum. E não o faço nem farei, acredita nisso! Mas os meus sentimentos por ti, não suportam ouvir tais histórias de menininhas apaixonadíssimas que coitadinhas, a vida não lhes sorriu e elas tiveram de se entregar a esse estilo de vida (chamemos-lhe assim) … TRETAS! Isso não passa tudo de tretas! (grito)! Será que tu não percebes? Será que ainda não paraste uns minutos para pensar? Ou será que até já pensas-te, que até já reflectiste, mas simplesmente achas que isso tudo é muito certo?
A sério… (faltam-me as palavras… Estou desiludida!)
Hoje disse que te odiava. E odeio! Mesmo! E tu sabes bem porquê! Fizeste-me sentir a pior pessoa do mundo. Desisti de uma das pessoas mais importantes para mim. Desisti de uma amizade de longa data, desisti de alguém que me conhece melhor que ninguém. Fechei-lhe a porta na cara. Disse um NÃO bem explícito. Porque me fizes-te sentir que te tinha desrespeitado, porque me criticas-te, porque o criticas-te, porque tentas-te provar por A+B que o que nos unia não era uma amizade… Porque me fizes-te sentir uma PUTA quando PUTAS aqui, são essas “maravilhas da natureza” que te fazem visitinhas ao hotel, durante o expediente (bonito, hein!!), que te mandam mensagens, que te prometem mundos e fundos… Sim, és um rapaz atraente, sim a tua boca, o teu sorriso, são fenomenais e sim, até posso aceitar que elas gostem desses teus atributos e de outros até, mas percebe que tu, não lhes podes e nunca poderás dar o que elas querem! Serás uma mera peça de xadrez, nas mãos delas! Não percebes isso? Pedes-me conselhos, eu vou-me informar, a fontes bastante seguras, digo-te, explico-te e tu simplesmente não ligas nenhuma. Sim, sem dúvida alguma que estou toda enciumada, sim, sem dúvida alguma que estou irritada. E então? Estou no meu direito! Tal como tu estavas, quando te mandei uma mensagem a explicar o que se tinha passado.
O meu sentimento por ti nunca valeu de nada. As minhas palavras… tocavam-te… menos-mal. O que tu nunca te apercebeste realmente foi do que estava por trás das ditas palavras. Quando sempre me disseram (ainda hoje, me disseram isso), que a minha escrita é transparente, que é profunda, sentimental e realista, hoje, apercebo-me que não o é, de todo!

A minha Mãe, sempre me disse que “o ódio é o sentimento mais próximo do amor, que só se odeia quem já se amou”. Pode-se ter estes dois sentimentos, por uma mesma pessoa Mãe? É que eu odeio e amo O POETA.

Ao som de John Travolta and Olívia Newton – Tell me more

17.9.06

Sujeito da acção

Não consigo entender, como é que os leitores deste lugar, os meus amigos, os meus familiares e eu, percebemos e sabemos qual é o meu sentimento e o sujeito da acção se está marimbando para esses mesmos sentimentos, O POETA.
Ao som de Mishka - Love and Devotion

coincidências...

Chamem-lhe o que quiserem, eu continuo a achar que não se tratam de simples coincidências, continuo a acreditar que de cada vez que pensamos um no outro, exactamente no mesmo momento é mais um sinal que fomos feitos um para o outro.

Tenho dito. Não há mais nada, a dissertar sobre este assunto, as minhas conclusões, já eu as tirei há bastante tempo, mas parece que são indiferentes e insignificantes para um certo alguém. O POETA.
Ao som de Sister Hazel - Your winter

13.9.06

divagações a meio de uma noite em claro

No único momento em que os olhares se estavam para cruzar, ela desviou-os.

A sua roupa, era do mais simples que poderia existir e no entanto, ela estava mais bonita do que nunca. Uma saia cor de pureza e um top azul-marinho. Sem acessórios… Os caracóis, tocavam-lhe os ombros ao de leve. Tinha apenas um gancho, a prender aquele caracol rebelde que tanta graça lhe dava. Nos pés, uns chinelos, também eles azul-marinho. E ali se encontrava ela, sentada na esplanada. Há já alguns dias que não saia de casa e com muita insistência da Tia, lá aceitou ir tomar um cafezinho. E logo por azar, no entender dela, ele tinha de estar presente.

Ele, como era habitual, tinha umas calças de ganga, uns ténis e uma t-shirt. Desta vez, em vez de gel, tinha um boné posto de forma tosca. Estava acompanhado pelos amigos. Enquanto ela não chegou, ele ria. A conversa naquela mesa devia ser animada, eles tiveram mais de meia-hora, a rir. Há pessoas que ainda conseguem ser felizes. Quando ela chegou, a sua postura mudou rapidamente. Sentou-se direito na cadeira, puxou de um cigarro, acendeu-o e não se ouviu mais nenhuma palavra, vinda da boca dele. Observou-a atentamente. Admirou-a por completo. O seu coração palpitava bruscamente. Era fácil de se notar.

Ela já o tinha visto, ainda não tinha atravessado a rua e baixou logo a cabeça. Ao contrário do que seria de esperar, baixou a cabeça e não mais levantou. Apenas levantava o olhar do chão quando era para responder a uma pergunta da Tia e quando foi para pedir o chá, ao empregado, e a torrada. “Aparada”, especificou ela. E rapidamente baixou os olhos.

Tinham passado 3 meses desde a última vez que tinham estado juntos.
Uma discussão fê-la sair de casa dele e nunca mais voltaram a falar. No início ainda se cruzavam na rua, mas nunca trocaram uma palavra. Mais tarde, ela deixou de aparecer. Nunca ninguém soube o que se passou realmente entre eles os dois, naquele dia. O que as pessoas sabiam era que tinham sido namorados, que a relação tinha terminado, por mútuo acordo, mas que se voltavam a encontrar e a estarem juntos. Até ao dia da fatídica discussão. Comentava-se que ela tinha chegado à rua, de óculos de sol, completamente lavada em lágrimas. Não conseguia ter controlo sobre si própria. Ia contra as pessoas e não se apercebia disso. Estava completamente fora de tudo.
Ele andou desaparecido uns dias… Ninguém sabia nada dele. Um dia, apareceu no café, sentou-se na mesa dos amigos como se nada se tivesse passado. Nunca fez um comentário sobre nada. Não respondia às perguntas sobre ela, sobre ele e sobre o motivo pelo qual ele tinha andado desaparecido. Após algumas tentativas falhadas, as pessoas desistiram de o questionar sobre qualquer assunto relacionado com ela. Um mês e pouco depois, já ele estava, pelo menos aparentemente, bem. Várias foram as propostas de meninas desejosas de o acarinhar. Recusou todas.

A presença dela no café, durou aproximadamente meia hora. Levantou-se e saiu. Saiu na direcção oposta à de sua casa.

E lá se passaram mais uns quantos meses, sem se verem, sem comunicarem, sem nada.

No silêncio da noite, meditavam sobre os acontecimentos. Ambos sabiam que não estava certo aquele afastamento. Ambos sabiam que não era aquilo que queriam. Mas nenhum fazia algo para mudar essa mesma situação. Limitavam-se a chorar e a pensar mas agir, nada. Cada um, procurava as respostas no seu mundo. Queriam uma justificação para o porquê de tal afastamento. Nenhum a encontrava. Simplesmente não havia. Eles eram felizes. Notava-se isso. Independentemente de quais tenham sido os motivos que levaram àquele afastamento, pertenciam um ao outro. E este, era um dado adquirido. Almas gémeas certamente que sim. Feitos um para o outro.

No dia em que se conheceram, o chão tremeu. As flores brotaram e os pássaros cantaram. Tudo se tornou belo, naquele preciso momento. Ambos o souberam. E quem estava presente também. Não havia dúvida alguma que eram um só. Completavam-se. Dava gosto ver a felicidade que irradiava no rosto de cada um.

Nunca fizeram previsões do futuro. Viviam cada dia. Um de cada vez. E um de cada vez, lá se foram passando os dias… Vários dias se passaram e ele e ela continuavam juntos. Um para o outro.

Actualmente, continua sem se saber o que se passou. Mas actualmente eles estão novamente juntos. Dá gosto ver um casal enamorado. Actualmente, por onde eles passam, tudo se torna belo. Actualmente, ela é mãe e ele é pai. Actualmente, estão mais unidos do que nunca. E agora, posso afirmar que continuo a acreditar em príncipes encantados. Só alguns têm a sorte de o encontrar. Outros encontram e não sabem lidar com esse mesmo encontro e há aqueles que estão definitivamente destinados a estabelecer relações, com as pessoas erradas.


Passar o tempo a escrever, sabe bem. Melhor quando se está com uma insónia. E melhor ainda, quando se escrevem umas ideias tolas, muitas das quais sem sentido algum, num lugar tão mágico como este, num lugar repleto de sinceridade, num lugar onde só entra, quem não tem medo de chorar, quem não tem medo de amar. No meu lugar de eleição, criado para aquele que ainda me permite sonhar, aquele que me faz divagar e gritar bem alto que finalmente, me voltei a apaixonar! O POETA.

Ao som de Jessica Ridle – Even Angels Fall

linhas cruzadas

Conheces aquela sensação de ouvir uma história que poderia ser a tua? Sabes o que é, descreverem-te sentimentos e situações, que tu já sentis-te, pelos quais já passas-te?

Hoje, um amigo meu, contou-me a “minha história”. Está a custar-lhe bastante, uma determinada situação, está-lhe a ser bastante difícil ultrapassá-la. Eu sei que ele vai conseguir superar, ele também o sabe. Resta apenas saber, quanto tempo vai demorar. Digamos que os sentimentos dele, os desejos dele, são equiparáveis aos meus, neste exacto momento. O afastamento de alguém está a deixá-lo sem vontade de comer, sem vontade de fazer alguma coisa. Porém, ao contrário de mim, que prefiro manter-me no meu mundo, sem ninguém a intrometer-se, ele prefere sair e estar com as pessoas. É uma opção e provavelmente a mais correcta. Depende de pessoa para pessoa.

Ao longo da nossa vida, muitas são as pessoas que vêm e vão. Muitas deixam marcas, outras nem tanto. Entre as que nos marcam, umas marcam bastante, outras deixam apenas recordações. Por umas, aquelas que de uma forma ou de outra se tornaram parte de nós, desejamos o regresso. Ficamos sentados, à espera de um telefonema, de uma mensagem, de algo! Não interessa o quê. Esperamos e pronto… Sem saber bem como, até quando e porquê. Tentamos ao máximo controlar os nossos impulsos. Resistir à tentação de sermos nós a comunicar. “Vou esperar que ele/ela diga alguma coisa. Não o/a vou pressionar.”. É este o nosso pensamento e é este o pensamento que controla as nossas atitudes. Tornamo-nos escravos de nós próprios. Escravos dos nossos sentimentos e daquilo que achamos ser o mais correcto. Será que é esta, a melhor atitude? Será que aquela ideia, pré-definida, que o outro, vai sentir a nossa falta (independentemente de esse mesmo “outro”, vir a sentir a nossa falta ou não) e então irá comunicar connosco é a certa? Será que tem mesmo de ser assim? Ou em vez de ficarmos parados, à espera de quem nos está a fazer sofrer, à espera que nos digam alguma coisa, devíamos era levantar, erguer a cabeça e caminhar. Passos firmes. Segurança. E voltar a tentar conquistar? Tentar captar o que falhou e tentar emendar?

Eu queria ajudá-lo. Tentei fazê-lo. Mas infelizmente não consegui. Porque as dúvidas, os pensamentos, os sentimentos e as questões são exactamente os mesmos que me preenchem. Gostava de lhe ter dito, que tudo ia correr bem. Adorava ter-lhe mostrado ou ter iluminado o melhor caminho para ele fazer. Mas não consegui. Encontro-me assim há uns dias, já são bastantes, e não consegui encontrar as respostas, as soluções. Nem para mim, e agora, nem para ele. Mas infelizmente, o que sucedeu com ele está a dar-me uma perspectiva diferente. A perspectiva de quem está de fora. É sempre mais fácil, para quem não é personagem principal, observar, analisar e então, tirar uma conclusão. É! Sem dúvida alguma. Mas sabes… Estou tão absorvida com tudo o que se anda a passar comigo, que enquanto ele falava comigo, a única coisa que eu conseguia pensar era “Como te percebo…”. E foi talvez as melhores palavras que lhe disse. Porque tudo o resto que eu lhe possa ter dito… não passaram de palavras. Ele leu-as, até lhe fizeram sentido, mas de nada serviram para atenuar a dor que ele está a sentir. Lamento sinceramente. Estando eu a passar pelo mesmo, já há mais dias, já deveria ter encontrado pelo menos algumas das respostas. Já deveria saber o que fazer no que toca a lágrimas, sentimento do vazio, da solidão. Afinal, tenho mais experiência. Mas essa mesma experiência, de nada serviu…
Ele está triste. Eu estou “deprimida”. Ele sente-se só. Eu também. Ele só a quer a ela e eu, só quero O POETA.
Ao som de Save Ferris – I Know

12.9.06

ideias bem arrumadas

As aulas estão a começar. Estou contente. A sério que sim. O momento pelo qual tanto ambicionei, está finalmente a chegar. Bem sei que mal comece, o meu maior desejo vai passar a ser que o mesmo, acabe o mais rapidamente possível mas por agora, estou ansiosa para que comecem.
O meu dia-a-dia tem-se vindo a modificar. Já não fazem parte dele os cafezinhos e as noitadas diárias. Agora, tudo aquilo – ou melhor, a maior parte – que serve para animar, descontrair e principalmente divertir está bastante mais controlado e é óptimo que assim seja, visto eu querer ter sucesso escolar. E acho que pela primeira vez, esta é uma atitude tomada por mim, sem que o meu Pai me tenha dito qualquer coisa. É bom sinal. Sinal de que estou mais consciente e responsável.
Contudo, há sempre o reverso da medalha. Se ultimamente pouco ou nada tenho estado com o Poeta, a partir de agora, o tempo será bastante mais controlado. Noitadas à espera dele… FORAM-SE! Cafezinhos antes do menino ir trabalhar? DIFICILMENTE HAVERÃO. Restam então os dias de folga dele, as 6ªs e os sábados à noite. E com alguma sorte, um ou outro café depois das aulas/antes do trabalho.
Dou comigo então a pensar que a nossa relação, dificilmente resistiria a uns horários destes. Ele não aguentaria a minha ausência, ou falta de presença, e eu não iria aguentar os possíveis comentários negativos e principalmente, saber que ele precisa de mim ao lado dele e que eu não poderia estar. Pior, que eu não poderia estar e que certamente haveria alguém que poderia. Eu era capaz de suportar a ausência, a sério que sim! Já mantive uma relação a 200 km, onde só havia contacto físico de 15 em 15 dias (quando cumpria o que era suposto), não me seria nada difícil. Porém, sei, e o próprio Poeta já mo disse, que ele necessita de alguém ao lado dele constantemente. Eu não sou esse alguém que pode estar sempre ao lado dele (fisicamente). Não conseguindo ele, lidar com uma situação assim, um “relacionamento sério” entre nós, é impossível. Usei as aspas, porque não quer dizer que o relacionamento que mantemos actualmente não seja sério. Aos olhos de quem observa de fora, é provável que não seja “sério”, para mim, é bastante sério. Respeito-o e actuo da mesma forma como se fossemos namorados. Simplesmente agora ele é livre e não tem de me dar qualquer tipo de justificação. O mesmo se passa comigo! Obviamente, que as atitudes de um, serão analisadas pelo outro. Eu sei bem qual vai ser a minha postura e suponho como é que a mesma será nas mais variadas situações que possam acontecer. Certamente que uma coisa é fazer suposições e falar e outra é as situações acontecerem, reagir, actuar. Tenho isso bem presente dentro de mim. Até porque, o meu maior desejo é manter a amizade que tem vindo a ser criada, os laços que têm sido estabelecidos, entre nós os dois.
As aulas estão a começar. A minha prioridade, são os estudos. Seguidamente, vem a minha amizade com O POETA.

Ao som de João Pedro Pais - Corpos

5.9.06

EX FACTOR

It could all be so simple
But you'd rather make it hard
Loving you is like a battle
And we both end up with scars

Tell me, who I have to be
To get some reciprocity
No one loves you more than me
And no one ever will

Is it just a silly game
That forces you to act this way
Forces you to scream my name
Then pretend that you can't stay

Tell me, who I have to be
To get some reciprocity
See no one loves you more than me
And no one ever will

No matter how i think we grow
You always seem to let me know
It ain't workin'
It ain't workin'

And when i try to walk away
You hurt yourself to make me stay
This is crazy
This is crazy

I keep letting you back in
How can I explain myself
As painful as this thing has been
I just can't be with no one else

See I know what we have got to do
You let go and I’ll let go too
Cause no one's hurt me more than you
And no one ever will

No matter how I think we grow
You always seem to let me know
It ain't workin'
It ain't workin'

And when i try to walk away
You hurt yourself to make me stay
This is crazy
This is crazy
Oh this is crazy

Care for me, care for me
I know you care for me
There for me there for me
Said you'd be there for me

Cry for me cry for me
You said you'd die for me
Give to me give to me
Why don't you live for me.

Ouvi isto e lembrei-me, inevitavelmente, d' O POETA.

Ao som de Lauryn Hill - Ex Factor

2.9.06

monólogo

Sabes uma coisa? As pessoas vão-se modificando e eu não sou excepção. E ando a dar conta disso… As alterações em mim, têm sido constantes já há algum tempo e agora, nestes últimos meses, a minha vida deu uma volta enorme.
Num daqueles “colanços”, provocados por nós sabemos bem o quê, dei por mim a pensar e a reflectir sobre a minha pessoa. Quando parei de pensar e dei conta de que o estava a fazer, vim para o computador escrever isto. Hoje, apetece-me dissertar na 1ª pessoa, discurso directo. Como se tu me estivesses a ler ou a ouvir neste exacto momento. Eu sei que tenho em ti, um bom amigo, sempre pronto para me escutar (desde que não coincida com as horas de trabalho) e quem sabe auxiliar. Mas como desta vez, é só uma constatação minha, exactamente sobre mim, a minha pessoa, o meu ser, achei que teria a sua piada, fazê-lo para ti, aqui. Não estás perto de mim, temos uma distância considerável entre nós, mas sei que se pudesses, me estarias a ouvir neste momento…
(releio o que escrevi e estas palavras são estranhas… Há aqui qualquer coisa que não está a encaixar muito bem mas pronto… É a minha escrita… parece outra pessoa a escrever… ou então não… não sei a sério. Ou se calhar até está tudo normal e este, é só mais um filme da minha cabeça, provocado por nós sabemos bem o quê… enfim… Adiante!)

Sempre fui uma miúda muito reservada em casa. Sempre brinquei muito no meu quarto, com as minhas coisas, sozinha… às vezes o meu irmão ou o meu Pai brincavam comigo, mas nunca fui muito de conviver com a família. Isolava-me bastante, no meu cantinho, no meu mundinho. E ainda hoje sou assim. Quando estou em casa, é muito raro estar na sala, com a família. Normalmente estou no quarto. Quando não estou, é porque é hora da refeição ou necessitei de ir à casa-de-banho ou porventura estou a falar com o meu Pai. É muito raro eu estar em casa e não estar no meu quarto. Até porque no meu quarto, tenho todos os atractivos para me deixarem fechada no quarto e não socializar. Mas sempre fui assim, desde miúda. Apesar disto tudo, sempre fui uma rapariguinha bastante alegre e muito sociável. Nunca tive problemas em ir à escola, conhecer novas pessoas… Tímida, só nos primeiros dias porque depois de solta, tudo parecia normal, já se falava como se o conhecimento fosse de longa data. Até aqui, em pouco ou nada me alterei. Mas no antigamente, sinceramente não sei dizer se um antigamente longe ou um antigamente perto, qualquer pretexto era óptimo para sair de casa. Chegava a sair de casa sozinha, não ter nada combinado com ninguém e andar por aí a vaguear… Sabia-me bem e para mim, quanto menos tempo estivesse em casa, melhor. Hoje, dou por mim a ficar mais em casa, mesmo que não seja para estar a fazer companhia à família, dou por mim a recusar cafés e possíveis noitadas e possíveis mini-férias. Sei que também não fico a fazer nada de jeito, aparentemente – pelo menos aos olhos dos outros – mas sinceramente pouco é o apetite para sair de casa. Aliás, eu sei que sair, até me apetece, mas o que me faltam, são motivos para sair… Gosto de ficar em casa, a ler um livro, ouvir música, navegar na internet, jogar playstation, ver um filme/televisão, ir fumando os meus cigarros na varanda, escrever um bocado. Quando saio, é apenas porque tenho um motivo forte para o fazer. Quanto mais me mantiver por casa, melhor. Obviamente, adoro os cafés com os amigos, respirar ar puro, ver pessoas, ter alguma movimentação. Adoro isso e acho que é das melhores coisas que podem haver. Mas ando numa mais de caseira. Acho inclusive, que há pessoas que estão um bocadinho chateadas comigo, mas eu não tenho culpa, a sério que não. Apetece-me apenas andar por casa. Eu sei que é horrível de se ouvir e muito mais de entender, mas ando a respeitar as minhas necessidades físicas e psicológicas. E enquanto o puder fazer, vou fazê-lo.

Também é um facto, minimamente relevante, que eu estive o dia todo com a casa livre. Por falar nisso… apetece-me retratar o meu dia de hoje…

Acordei às 6 e pouco da manhã, sobressaltada. Estava a sonhar, não foi um pesadelo. Mas no meu sonho, eu tinha de me despachar. Por acaso, hoje, lembro-me do que sonhei e sei que tu estavas incluído nele, mas como em qualquer sonho, há sempre situações estranhíssimas, que tornam os sonhos algo mágicos, mas também um bocadinho obscuros. Talvez um dia decida tentar explicar-me sobre isto. Hoje não. Hoje apetece-me relatar o meu dia… Levantei-me então às 6 e tal da manhã, fui à casa-de-banho e voltei para a minha cama. Entrtetanto, olhei para o meu telemóvel e tinha lá uma mensagem tua, que como já te disse, amei! Sabes que estarei sempre cá para ti!! (continuando...) Custou-me um bocadinho voltar a adormecer, acho que, não querendo induzir em erro, sensivelmente 15 minutos. O meu Pai, tinha-me dito na noite anterior que ia ao supermercado e eu estava a contar que ele me acordasse para eu ir ter com eles. Em vez disso, voltei a acordar por volta das 13.00. Levantei-me, comi qualquer coisa e liguei ao meu Pai a perguntar por onde andava e ele então disse-me que tinha ido dar um passeio a Sintra, que me viu a dormir tão profundamente que nem teve coragem para me perguntar se eu também queria ir. Foi uma boa opção, a do meu Pai, bastante sensata. Liguei o computador e por aqui fiquei, a ver umas coisas, a ler outras, a sacar músicas, a pôr algumas conversas em dia. Estive também a ver um bocado do tutorial do GANGSTERS2. Parece-me um jogo interessante, tenho de ver se o aprendo a jogar. Com isto tudo, as horas foram-se passando e por volta das 16.00, tive um motivo para sair de casa. Fui com a Maria a uma livraria que ela descobriu. Por acaso já sabia da existência dela, mas já há bastante tempo que não passava por lá. Foi bom. Vi lá um livro que irei lá buscar certamente, para nós os dois. Depois sentámo-nos no café que “pertencia” à dita livraria. No regresso a casa, ainda dei “duas de paleio” com o Vasco e a Catarina, que estavam sentados no banquinho da Igreja. Já a chegar a minha casa, a tua Mãe estava à porta do prédio. Fui lá dar um beijinho, ainda a ajudei numas coisinhas. Despedi-me e vim para casa. Eram 20.00 e poucos minutos. Recomecei a minha leitura, continuo a ler “Será Que As Mulheres Ainda Acreditam Em Príncipes Encantados?”, do Rodrigo Moita de Deus. Algumas páginas à frente, a fome deu sinal de vida. Fui preparar o jantar. A família ainda não tinha chegado, mas calculei que não fizessem questão que eu esperasse por eles até porque, muito provavelmente, quando chegassem, já viriam jantados. Ao jantar, senti um bocado a solidão. Lembrei-me daqueles dias em que eu estive sozinha em casa e tu vinhas cá jantar. Fizeste-me bastante falta hoje ao jantar. E pronto, jantada e loiça posta na máquina (sim porque já tenho máquina para lavar a loiça!!!), roupa estendida, regressei ao meu quarto. Entretanto ouvi a porta da rua, era a família a chegar. E pronto, cumprimentos da praxe, aqueles minutinhos de conversa e regressei ao meu quarto. Sentei-me no meu puff e foi aí que me vieram os pensamentos, sobre os quais comecei a falar neste post.

Enquanto estava a escrever isto tudo, lembrei-me que se calhar só fiquei hoje, a maior parte do dia em casa, porque a casa estava vazia. Mas rapidamente me lembrei que já estou assim há uns dias. Tal como referi, acho até que há pessoas que não estão lá muito satisfeitas com esta minha ausência, mas eu não posso fazer nada. Preciso dela. Até porque está praticamente a começar, a nova fase da minha vida. Preciso de descansar. E sinceramente, tu não estares aqui, também não em dá muita vontade de fazer alguma coisa. Apeguei-me muito a ti, à tua presença. Mas não te preocupes que a principal razão e a única que tem um peso forte, nesta minha ausência das ruas, é precisamente o facto de eu andar a dispensar algum tempo a pensar em mim, na minha vida, nos meus objectivos.

Às vezes, sabe mesmo muito bem, passar uns dias em nossa casa, no nosso cantinho a pensar sobre nós. E mesmo que não seja a pensar, sabe optimamente bem, passarmos uns tempinhos connosco (próprios). Tenho pena que a casa não esteja assim mais vezes. A mim sabe-me muito bem e faz-me ainda melhor e à família, é óptimo porque se divertem e fogem da rotina stressante, habitual do dia-a-dia de qualquer pessoa que more numa cidade como Lisboa.

Acho que vou ficar por casa esta noite. Mais uma vez… As forças são poucas e a vontade é quase nenhuma para me pôr a caminho e sair de casa. Acho que vou definitivamente ficar por aqui e talvez quem sabe, ainda volte hoje aqui, para falar mais um bocadinho com ou sobre ou para O POETA.


Ao som de The Kooks – She Moves On her Own Way
(Para mim, uma das bandas revelação do SW 2006)

1.9.06

Mais uma vez... Até já

Foste-te embora. É certo que daqui a uns dias, já vais estar de volta… mas são bastantes dias. Saber que não vou poder ver-te, cheirar-te, todos os dias, deixa-me triste. Mesmo muito triste.
Felizmente, tive a oportunidade de me despedir de ti “decentemente”. Horas inesquecíveis que vão ficar bem guardadas na caixinha das recordações. Tal como o teu cheiro, o teu sorriso, o teu sabor… Deixas-me sempre com um sabor demasiado amargo. Não na boca, esse é bem doce. Mas deixas-me sempre com a sensação de que falta sempre tanto para percorrer… Caminho na escuridão, em busca da luz. Tu iluminas-me, mas o caminho até ti, está bastante escuro. E a minha lanterna, por vezes perde as pilhas e é difícil encontrar pilhas que substituam. Mas sabes? Eu não desisto! Nem que tenha de experimentar todas as pilhas do mundo. Perder tempo a experimentar uma por uma, não me assusta. Para mim, não é tempo perdido mas sim, tempo investido.
Estou aqui, sentada no computador, a falar contigo (o que já não é nada mau) e só me apetece ir a correr para os teus braços. Mas não posso. Resta-me esperar pelos dias de folga ou que porventura apareças aí só para tomar um café. Mas sabes qual é o momento que mais anseio? O do regresso definitivo. É verdade… Acredita que sim. E depois, tal como contas-te comigo para saíres, podes contar comigo para voltar. Para reconstruir a tua vida, o teu espaço. Não hesites em pedir a minha ajuda. Sabes que o faço de bom agrado.
E no dia em que regressares, vamos encomendar pizzas… A bacana pode ser? Sem faltar o pastel de nata que é bem bom. Mas se preferires podemos sempre comer Sushi ou então, inovar e experimentar outras coisas, outras “alimentações”. Depois não podem faltar as pipocas! Sabias que estou viciada nas pipocas? Com sal e açúcar, hum, fantásticas. Acho que vou fazer uma pausa e vou mesmo fazer pipocas.

Acompanhada pelas pipocas (não me posso esquecer de pôr na lista do supermercado), recomeço a minha escrita.

Entretanto, já foste dormir. Era suposto eu ter ido pouco depois de ti, mas acabei por ir ficando, ficando até agora. Eu ainda tenho uns quantos dias para recuperar das noitadas, mas tu, invariavelmente, vais trabalhar. Hoje, tiveste muita sorte e o chefe ligou a dizer que não precisavas de ir trabalhar. FANTÁSTICO! Assim pudemo-nos despedir “decentemente”. Grande noite, a última noite. Diverti-me mesmo muito. Para além de estarmos todos muito animados, o tempo ajudou imenso. Grandes improvisos! Grandes beats. Grandes guitarradas e excelentes “jambezadas”. Pensando agora e relembrando a noite de ontem, agora tenho um sorriso na boca. Agora tenho a certeza que uma grande amizade nos une. Mesmo. E isso deixa-me feliz. Apesar de não estar no auge da felicidade, de ter muita sorte ao jogo, estou feliz. Sei que tenho um amigo para sempre e isso é fantástico.
E agora, vou dormir. Vou ser solidária contigo. Vou descansar porque hoje o dia foi longo e amanhã, ainda maior será…

Acabo este texto, com um beijinho, para o menino que me mantém erguida, O POETA.
Ao som de Pitty - Teto de Vidro